Resenha: A Rapariga No Comboio

Sinopse

A obra de Paula Hawkins, retrata uma mulher, Rachel, que bateu no fundo do poço, tendo perdido por completo o controlo da sua vida, desde o seu divórcio. O seu ex-marido trocou-a por outra mulher, com quem voltou a constituir família.
Vendo a sua vida a desabar, consola-se no álcool, acabando por perder o emprego.

Apesar disso, continuou a realizar as viagens de comboio, que sempre efetuou para se deslocar para o emprego, com o objetivo de não demonstrar à sua colega de casa, o verdadeiro estado em que a sua vida se encontrava, tanto em termos físicos como emocionais, para que esta não temesse, que ela ficasse em falta, com os  próximos pagamentos da renda do quarto.



Ao longo destas viagens, apercebemo-nos que ela, examina o mundo e as suas rotinas a partir da pequena janela do comboio. Tendo direcionado, em especial , a sua atenção para um jovem casal, dando-lhes nomes e vidas imaginárias. Na sua visão distorcida, as suas vidas seriam perfeitas, tal como a sua foi outrora.
Até, ao dia, a que Rachel assiste a um pequeno episódio de agressividade entre o casal.
Decidida a não permanecer em silêncio, faz uma denúncia a polícia, a partir, deste momento, verifica-se uma sucessão de acontecimentos que afectam, todas as pessoas que a rodeiam, inclusive a ela própria.

Ao longo do texto, acompanhamos a sua queda para o completo abismo e, o seu ressurgimento para a luz.

Resenha
A Rapariga no Comboio, o que dizer?!
 Se a memória não me falha, pois realizei a leitura deste livro, à algum tempo atrás ( e, quando digo à algum tempo atrás, estou a falar de uns aninhos, penso que provavelmente, em 2016), foi uma leitura, bastante agradável.

Fiquei presa, na teia de acontecimentos que se desenrolavam, pelo facto, de não serem evidentes, em como se correlacionavam, entre si, o fator surpresa, nos dias de hoje, é um pouco raro, na maioria dos casos, tanto os livros, como filmes, estão presos em perpétuos clichés, tornando-os sempre bastante previsíveis, para quem é amante de livros e/ou cinema.


Na altura, confesso que pensei que fosse, só mais um livrozinho policial e, não me despertou um interesse imediato, para a sua leitura. Só quando vi, o filme é que decidi que tinha que ler o livro, pelo facto deste me ter cativado, pensei de imediato, cá para os meus botões, se o filme é bom, o livro será cem vezes melhor.

Sim, eu sou antiquada, por isso, guiou-me por aquela máxima, tão conhecida "os livros, são sempre melhores que os filmes" (até agora, ainda não me falhou). E sim, o livro, conseguiu como sempre superar a grande "tela mágica".

Para quem não viu ou leu, aviso já, que esta história dá bastantes reviravoltas, mas a verdade, é que todas as histórias que são boas o fazem, não é verdade ?
E vocês, o que acham ?

Autora

Paula Hawkins foi jornalista na área financeira durante quinze anos, antes de se dedicar inteiramente à escrita de ficção. 
Nascida e criada no Zimbábue, mudou-se para Londres em 1989, onde vive atualmente.
A Rapariga no Comboio, é a sua primeira obra, que imediatamente se tornou um verdadeiro fenómeno de vendas mundial, com cerca de 20 milhões de livros vendidos em todo o mundo.
O filme, produzido pela Dreamworks, estreou em Outubro de 2016.
Bibliografia  realizada pela Topseller

Comentários

Anabela Santos disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anabela Santos disse…
Já o li há algum tempo e mais uma vez constatei que o nosso 'mundo mental' condiciona a nossa percepção sobre o Outro e o Todo....
Anabela Santos disse…
Li ultimamente Serotonina (2019) de Michel Houellebecq: é um romance brutal e inquietante sobre um francês, um homem de 46 anos que toma anti depressivos para fugir ao abismo que se tornou a sua vida. E que, recordando o passado, acaba por perceber ter desperdiçado a sua vida e não encontra já solução para tal...uma surpresa este escritor. Vou procurar mais obra sua. :)
Laura Rocha disse…
Sem dúvida nenhuma Anabela,a nossa percepção é muito alterada, pelo nosso mundo mental,a mente é algo muito complexo, acho que ainda, não possuimos noção da extensão da sua complexidade.
Tenho que ver se encontro o livro que sugeris-te, parece muito interessante. Se pensarmos bem,a depressão crônica advém de uma falha do nosso cérebro em captar serotonina. Mas,nao se sabe nada, pelo meno, que eu tenha conhecimento , de qual é a razão de o cérebro de algumas pessoas ter esta falha. Já agora, onde adquiriste, esse livro ?
Anabela Santos disse…
Adquiri este livro numa livraria dita 'normal' (foi numa Leya). O livro é recente. Encontrá-lo-às facilmente na Bulhosa, na Bertrand, na Fnac...
O interessante desta Serotonina é o autor afirmar que se pode morrer de tristeza. Serotonina - ou a ausência dela - poderão elevar o sentimento de tristeza e desânimo. Já ouvimos falar em 'morrer por amor', ou 'por falta de sermos amados'. Provavelmente, morrer de tristeza é também esta ausência de amor - ou de não sermos amados.
Lembrei-me agora de um filme que vi há alguns anos: The Secret Life of Bees (A vida secreta das abelhas). Formidável, este retrato de uma menina que não é amada por um pai e que, segundo ela, é abandonada pela mãe. Como a natureza a favorece com umas 'MÃES' suplementares. Vale a pena (re)ver. Fez parte de um ciclo de cinema que passei em Angola, enquanto professora/ formadora. Uma bela lição sobre igualdade entre raças. Passou despercebido, como seria de entender...conveniente também. :)
Laura Rocha disse…
Obrigado querida Anabela, vou procurar o livro, que sugeris-te, muito obrigado pela dica. Em relação ao filme, já ouvi falar muito bem dele, mas admito que nunca o vi. Tenho que ver se arranjo um tempinho. Estou sempre apertada de tempo. Kekke ❤😘

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