O Homem Que Era Quinta-Feira

 Sinopse 

Symes é recrutado para se infiltrar numa sociedade secreta de revolucionários, que decidiram destruir o mundo.
O Concelho Central é composto por sete membros, cada um deles com o nome de um dia da semana, para assim protegerem as suas identidade.
Mas com o decorrer da trama verificamos que nem tudo o que aparenta representa verdadeiramente a realidade, tal como Quinta-Feira, detective da Scotland Yard, disfarçado de poeta, se irá aperceber.

Resenha

Na sua autobiografia de 1936, G. K Chesternon afirmara que a sua obra " O homem Que Era Quinta-Feira", era um pesadelo v« não das coisas tal como existem, mas como pareciam ser ao sem pessimistas da década de noventa».
O livro tem sido assinalado por muitos como a obra-prima de G. K. Chesterton. Considero que apesar de ser considerado uma obra de teor teológico e politico, na realidade, ultrapassa qualquer categorização que lhe possamos fazer, acho que a minha melhor comparação será, como entrar num quadro de Dali, e pensarmos durante um momento o quê que este senhor anda a fumar, mas depois de aprofundarmos a viagem, percebemos que em cada detalhe, por mais estranho que seja, existe um significado e uma mensagem, profunda, é um livro que nos leva à reflexão, sendo necessário mais de que uma leitura, para o interiorizar a sua essência.
Esta obra de Chesterton decorre em redor de duas questões teológicas:
1. A vontade da liberdade;
2. A existência de um mal irracional.
Ambos estão intimamente ligados.
Na sua obra Chesterton mostra-nos, na sua prosa quase cómica, que o livre arbítrio é a causa do anarquismo, o que me deixou a pensar, que o autor poderia ter uma "pitada" de déspota, no seu âmago. Tem uma visão pouco equilibrada, como se as pessoas tivessem sempre que se enquadrar em extremos opostos.
Gostei da leitura, mas considero a mensagem muito exagerada.

Quem É Domingo?
Segundo as minhas pesquisas " Domingo" representa a Natureza ou Universo, já que como está possui as duas polaridades - a destruição e a criação - não sendo nem mau ou bom, simplesmente é.
Na obra de Chesterton existem vários indícios de que Domingo é a representação da Natureza:
" Ele é monstruosamente enorme e informe."
" Quando se levanta parece encher os céus."
" Os seus aposentos e roupas são limpos, mas ele é distraído e, às vezes, os seus grandes olhos torna-se cegos. "
A descrição de que o cabelo era branco, sugere-nos que a sua idade já era avançada e, os olhos azuis, remetem-nos para a cor do céu. É-nos dito que nunca dorme, como Deus é ominpresente, pois consegue estar em seis lugares ao mesmo tempo.
Talvez por isso, ele surja como chefe dos anarquistas e o chefe da divisão contra os anarquistas, sempre escondido nas sombras.

Autor

Gilbert Keith Chesterton (1874-1936), nasceu em Londres.
Em 1900 foi convidado a contribuir com artigos de critica de arte, a partir desse momento tornou-se num dos escritores mais mais prolíficos de todos os tempos.
Escreveu uma centena de livros, cinco romances, 200 contos, cinco peças de teatro. Mais do que escritor, considerava -se jornalista, tendo realizado mais de 4000 ensaios para jornais.

É frequentemente chamado o " Príncipe do Paradoxo".
                                                                                                                                     Wook



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